12 novembro 2008

Boa Anormalidade, Má Normalidade

Observando a vida por aí, eu vejo como ser normal, comum, mediano é algo terrível, por incrível que pareça.

Sim, eu considero "normal" uma palavra violenta aos meus ouvidos. Soa como medíocre, descartável, imprestável, sem ambição alguma. Claro, você se sentiria bem se você se considerasse "igual" às outras pessoas? Que você pode sobreviver com coisinhas básicas e tudo bem assim mesmo?

Sinceramente, me sentiria péssimo se eu fosse considerado normal. Até mesmo porque, em qualquer lugar, seja no meio profissional, pessoal ou até mesmo no sentimental, o que te destaca das outras pessoas é a sua anormalidade. É algo que você têm ou que você sabe fazer melhor que outras pessoas que não sabem dominar determinados assuntos. Isso mesmo. Aquele seu "tchan" diferencial em relação a qualquer outra alma viva é que vai te fazer ocupar lugares de destaque, ser bem sucedido. Algumas pessoas por aí vivem desempregadas, correndo atrás de emprego, por serem "normais" demais. Umas tem dificuldade por não terem tido acesso a cursos e terem largado os estudos cedo. Outros simplesmente só seguiram o básico em um caminho onde não pode ser simplesmente "básico". Porque normal todo mundo é, e não chama a atenção. O que dá destaque é a sua diferença em relação as outras pessoas que viriam a disputar algo com você.


Mas porque as pessoas não buscam o própio "destaque"? Medo da vida? Indecisão? Ou simplesmente por não querer se livrar do lazer ou do pensamento bohêmio do padronismo?

Padronismo, aliás, é o que mais se vê na sociedade em que vivemos. Pessoas que compram idéias prontas e vivem buscando "teorias de vida" na aldeia global. Ou então a manutenção de tabus, paradigmas que existem há muitos anos. Aquela velha tese de que homem vai ao boteco com os amigos e vive vendo futebol, folgado no sofá e que não sabe fazer praticamente nenhuma tarefa domiciliar, e a mulher é aquela pessoa consumista que vive indo a shoppings centers comprar roupas de marca ou alguma bugiganga aleatória com o cartão de crédito do marido (e que ele pague, claro.) e que vê novelas e guardando segredos com suas "miguxas". Resumindo, a velha imagem do homem trabalhador, pinguço e que é folgado em casa (só não é pra certas ocasiões), e da mulher submissa ao parceiro e completamente consumista. São "padronismos" criados pela mídia e, pela sociedade que segue regras, costumes e que se assustam ou protestam contra o monstro da inconveniencia. Monstro que, não é uma criatura feia, mas que assusta muita gente que recorre sempre à "normalidade".


Claro que, existem excessões a regras acima, mas, várias vezes imagens como essa aparecem na TV, e consequentemente, em alguns lugares da vida real também.

Eu gosto das diferenças, das inovações, reinvenções, criatividades em determinados aspectos da vida. Coisas diferentes e positivas dão a impressão de fazer os momentos, inesquecíveis. Simplesmente porque algo aconteceu de maneira única, não de maneira parecida com outras pessoas e tudo mais.

O Anormal de trás destaque, seja pro bem, ou pro mal.
O Normal só te faz ser apenas mais um na multidão. Uma pessoa qualquer, sem muita importância.

As pessoas podem fazer a diferença. Mas muitas não sabem disso. Outras não querem, outras têm medo.

Mas medo é algo que se tem de algo ruim. E não de algo positivo, promissor. . .


Como diz uma campanha publicitária que vi na TV a algum tempo atrás:

"Ser Diferente é Normal".


E é mesmo. É bom ser diferente. Mas é terrível ser igual.

Até machuca os ouvidos. . .

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